BRINCAR É COISA SÉRIA
A infância é fascinante, durante a vida é neste período que exteriorizamos nossos sentimentos, nossas
experiências e fundamentalmente nossa criatividade da forma mais espontânea que existe: brincando. Através do jogo a criança interage com a realidade e estabelece relações com o mundo em que vive.
O brincar da criança, visto do prisma aqui apresentado, não pode ser considerado uma atividade complementar a outras de natureza dita pedagógica, mas sim como atividade fundamental para a constituição de sua identidade cultural e de sua personalidade.
É preciso dizer que a brincadeira acontece onde quer que a
criança se encontre, independente do local. Basta um pequeno estímulo para que
sua imaginação a leve para um mundo repleto de criatividade e movimento,
expressando o seu interior.
Diariamente nos deparamos com os mais diversos tipos de relações
e estas são inerentes ao meio em que vivemos. O ser humano por sua natureza é
expressivo, afetivo e relacional, mas muitas vezes, por algum motivo, essas
qualidades são bloqueadas. É necessário trabalhar as emoções, independente da
idade. Sendo o adulto um educador, ele deverá procurar ter consciência de suas
limitações a fim de superá-las. Um adulto bem informado e preparado terá
condições de intervir e proporcionar com maior intensidade o desenvolvimento da
criança, pois o brincar na escola tem também uma função informativa para o
professor.
É importante que a ação do educador se oriente no sentido de
ampliar o repertório das crianças, não só do ponto de vista linguístico, como
também do cultural. Cabe ao educador a tarefa de alimentar o imaginário
infantil, de forma que as atividades das crianças se enriqueçam, tornando-se
mais complexas pelas relações que se vão estabelecendo.
Ao educador cabe, então, tendo em vista a compreensão e o
conhecimento da evolução das crianças, pensar que tipo de atividade propor,
tendo clareza de intenção, isto é, sabendo o que as crianças podem desenvolver
com a atividade proposta. Um segundo ponto, também fundamental, é o
encaminhamento da atividade, ou seja, a definição de como ela será realizada,
prevendo a ocupação do espaço e o limite do tempo, de acordo com a natureza da
própria atividade, permitindo a realização dos movimentos em sua amplitude. Assim pode-se dizer que o brincar da criança não pode ser
considerado uma atividade complementar a outras de natureza dita pedagógica,
mas sim como atividade fundamental para a constituição de sua identidade
cultural e de sua personalidade.
CONCLUSÃO
Brincar na escola não é exatamente igual a brincar em outras ocasiões,
porque a vida escolar é regida por algumas normas que regulam as ações das
pessoas e as interações entre elas e, naturalmente, estas normas estão
presentes, também, na atividade da criança.
A utilização do brincar como recurso pedagógico tem de ser
vista, primeiramente, com cautela e clareza. Brincar é uma atividade
essencialmente lúdica se deixar de sê-lo, descaracterizar-se-á como jogo ou
brincadeira.
O brincar também promove a constituição do próprio indivíduo.
Incluir o jogo e a brincadeira na escola tem como pressuposto, então, o duplo
aspecto de servir ao desenvolvimento da criança, enquanto indivíduo, e á
construção do conhecimento, processos estes intimamente interligados.
Portanto, o brincar, como forma de atividade humana que tem
grande predomínio na infância, encontra, assim, seu lugar no processo
educativo. Sua utilização promove o desenvolvimento dos processos psíquicos,
dos movimentos, acarretando o conhecimento do próprio corpo, da linguagem e da
narrativa e a aprendizagem de conteúdos de áreas específicas, como as ciências
humanas e exatas.
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